A pesquisa científica é uma ótima maneira de iniciar a carreira acadêmica para aqueles alunos que desejam seguir esse caminho, além de ser um ótimo peso para o currículo do estudante. Os próprios conhecimentos adquiridos na pesquisa e uma rede de contatos são outros benefícios que podem surgir a partir de projetos científicos. Mas, para dar continuidade a uma pesquisa, é importante conseguir o apoio de alguma instituição de fomento.
Uma das principais instituições que apoiam a pesquisa científica no Brasil é o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), que é ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações. O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) é o mais conhecido do CNPq e é voltado para alunos de graduação. O PIBIC-Af (Ações afirmativas) é uma outra opção, mas que é destinada a estudantes cotistas.
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), ligada ao Ministério da Educação, é outra instituição que oferece bolsas de fomento à pesquisa. Além do seu próprio PIBIC, a CAPES também oferece o PIBID (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência), voltado para estudantes de licenciaturas. A nível estadual, alunos pernambucanos podem recorrer à Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco (FACEPE), que oferece o Programa de Bolsas de Iniciação Científica (BIC).
Os editais e inscrições para esses programas costumam ser abertos periodicamente, segundo Mário Gouveia, gestor da Coordenação de Pesquisa e Extensão (COPEX) do Centro Universitário Tiradentes (Unit-PE) — localizado na Imbiribeira, ao lado do Geraldão. “É recomendável que o estudante mantenha-se atualizado, acompanhando regularmente os sites das agências de fomento e da sua instituição de ensino”, alerta.
Dicas
Mário também ressalta que o aluno precisa procurar um professor que desenvolva alguma pesquisa na sua área de interesse e que esteja disposto a orientar o projeto. O estudante deve, com auxílio do orientador, elaborar o projeto de pesquisa. Esse projeto precisa incluir delimitação do tema, justificativa, objetivos, metodologia, cronograma e referências bibliográficas, mas alguns editais exigem ainda um orçamento. É necessário estar atento às exigências de cada edital e seguir a risca esses requisitos e instruções, para conseguir que o projeto seja aprovado.
Com o projeto pronto, ele deve ser submetido juntamente com uma documentação. “Normalmente, inclui formulário de inscrição preenchido, projeto de pesquisa, currículos Lattes do estudante e do orientador, histórico escolar, declaração de matrícula e carta de recomendação do orientador”, explica Mário. O processo seletivo ocorre seguindo as datas especificadas no edital e é necessário aguardar a análise do projeto. Caso seja aprovado, o estudante passa a ganhar uma bolsa para dar continuidade à pesquisa.