A iniciação científica é um tipo de pesquisa acadêmica realizada por estudantes universitários e orientada por um professor, acerca de determinado assunto. Essa prática é muito comum entre os alunos que têm interesse pelo campo acadêmico e decidem se debruçar sobre um tema dentro do curso escolhido na graduação. Essa vivência não apenas permite que os estudantes adquiram conhecimentos sobre o tópico pesquisado, como também serve como porta de entrada para o mundo acadêmico.
Para participar de um projeto de iniciação científica, o aluno precisa passar por um processo seletivo da própria universidade, o qual é acompanhado pelo professor orientador. Após a seleção, a pesquisa pode ser financiada por uma bolsa auxílio, que são concedidas por agências de fomento e devem ser repassadas aos alunos pela coordenação do curso. A aprovação no processo seletivo, muitas vezes, depende do desempenho acadêmico do estudante. De acordo com Mário Gouveia, coordenador da COPEX (Coordenação de Pesquisa e Extensão) do Centro Universitário Tiradentes (Unit-PE) — localizado na Imbiribeira, ao lado do Geraldão — , “é interessante que o aluno tenha boas notas e bom aproveitamento de disciplinas”.
Criação de um projeto
Além da seleção, o estudante precisa criar um projeto de pesquisa. É necessário, em primeiro lugar, definir um tema de interesse do estudante para ser pesquisado, além de uma justificativa. Com essa justificativa e também os objetivos, é preciso ser convincente quanto à importância acadêmica de pesquisar o tema proposto. Ainda é preciso escolher uma metodologia (maneira como o estudo vai ser conduzido), além de traçar um cronograma das atividades. Mário Gouveia indica a leitura de textos relacionados ao tema. “A leitura de livros e artigos atualizados da área e a elaboração de resumos e resenhas é um ótimo caminho”, detalha.
Mesmo que não haja bolsa auxílio, a experiência é extremamente benéfica para os estudantes. Isso porque a iniciação científica permite que o aluno já trabalhe com pesquisa e também desenvolva um projeto próprio, tudo isso ainda na condição de estudante, o que é bastante valioso para o currículo. Além disso, cria-se uma rede de contatos com professores e outros alunos, alguns deles pós-graduandos, o que pode ser muito proveitoso no futuro. “Participar de cursos, eventos e mesmo buscar palestras de professores e pesquisadores da área também vale para ir se atualizando com o ambiente acadêmico”, afirma Mário Gouveia.