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O que é insegurança alimentar?

Professora de Nutrição da Unit-PE explica quais são os nutrientes básicos

às 15h56
Tâmara Gomes - nutricionista e professora do Centro Universitário Tiradentes (Unit-PE)
Tâmara Gomes - nutricionista e professora do Centro Universitário Tiradentes (Unit-PE)
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Um cenário onde todas as pessoas tenham acesso a alimentos suficientes e nutritivos para atender às suas necessidades dietéticas e preferências alimentares para uma vida saudável ainda não é uma realidade no Brasil, trazendo à tona a chamada Insegurança Alimentar. De acordo com pesquisa da Rede Penssan (Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional), 33 milhões de brasileiros experimentam insegurança alimentar grave, mostrando que mais da metade da população (58,7% ou cerca de 125,2 milhões) não possui uma dieta considerada suficiente. 

Há três tipos de insegurança alimentar: leve (quando há preocupação ou incerteza quanto ao acesso aos alimentos no futuro, além de queda na qualidade adequada dos alimentos para não comprometer a quantidade); moderada (quando há redução quantitativa no consumo de alimentos entre os adultos e/ou ruptura nos padrões de alimentação); e grave (quando há ruptura nos padrões de alimentação, resultante da falta de alimentos entre todos os moradores do domicílio, incluindo crianças, resultando na fome). 

Dessa forma, a insegurança alimentar pode levar a consequências severas para a saúde física e mental das pessoas, incluindo desnutrição, deficiências de vitaminas e minerais, doenças relacionadas à má nutrição e aumento do risco de doenças crônicas. É uma preocupação global que requer medidas coordenadas e sustentáveis para garantir que todas as pessoas tenham acesso a alimentos adequados para uma vida saudável.

Nutrição básica

Para Tâmara Gomes, nutricionista e professora do Centro Universitário Tiradentes (Unit-PE), localizado na Imbiribeira, ao lado do Geraldão, a insegurança alimentar é um fato que sempre esteve presente na estrutura do Brasil. “Hoje em dia estamos em uma condição um pouco melhor. Muitos brasileiros conseguiram sair da condição de fome e de miséria, mas ainda há algo muito grave que precisamos nos preocupar, principalmente por causa dos comprometimentos fisiológicos e orgânicos que a insegurança alimentar pode trazer, devido ao fato de um indivíduo, muitas vezes, não se alimentar com o que ele precisa. As pessoas ingerem calorias, ou seja, carboidrato e, sobretudo, gordura, alimentos ultraprocessados, mas não conseguem ingerir vitaminas e minerais”, reitera Tamara. 

Diante disso, a profissional aponta nutrientes básicos e importantes que devem ser consumidos diariamente para evitar tais comprometimentos devido a má alimentação. “Precisamos ingerir proteína, carboidrato, gordura, lipídios, vitaminas, minerais. Isso é o básico. Se faltam esses componentes na nossa dieta, no nosso dia a dia, na nossa rotina dietética, haverá um prejuízo importante. São esses nutrientes que regulam todas as nossas funções. Regulam a produção de hormônio, a nossa atividade cerebral, a nossa atividade hepática e a nossa produção de energia. Aqui no Nordeste, por exemplo, há o consumo do feijão com arroz e do cuscuz, que são nossas raízes. Eles são alimentos básicos que trazem bastante energia e outros componentes imprescindíveis para a manutenção da nossa saúde”, finaliza.

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