Nascido em 13 de dezembro de 1912, Luiz Gonzaga do Nascimento, conhecido como o Rei do Baião, foi um ícone da música nordestina e deixou um legado incomparável que transcende a cidade que nasceu, Exu, em Pernambuco. “Sua importância para o Nordeste vai além do seu talento musical, pois ele se tornou uma figura emblemática, representando a cultura, as tradições e as lutas do povo nordestino. Ademais, o Rei do Baião desbravou caminhos, com a mais legítima representatividade nordestina para toda uma geração da música popular brasileira que veio depois”, afirma Mário Gouveia, coordenador de Pesquisa e Extensão do Centro Universitário Tiradentes (Unit-PE).
Através de seu talento na música, Gonzaga elevou o forró e o baião a um patamar nacional e até mesmo internacional, dando visibilidade à riqueza e à diversidade da cultura nordestina. Suas composições retratam as paisagens, os costumes, os desafios, a saudade e as alegrias do povo sertanejo, sendo as mais conhecidas: Asa Branca, O Chêro de Carolina, A Morte do Vaqueiro e Pagode Russo.
Além disso, o artista foi um importante agente de transformação social. “Suas letras, muitas vezes, abordavam questões como a seca, a migração e as desigualdades sociais, dando visibilidade a muitas pessoas e chamando atenção para as injustiças enfrentadas pelos nordestinos”, explica o professor.
O Rei do Baião também foi um catalisador para o reconhecimento e valorização da cultura nordestina em todo o país. Seu carisma, autenticidade e talento conquistaram o coração de milhões de brasileiros, que passaram a admirar as tradições do Nordeste, fazendo com que Gonzaga seja lembrado como um dos maiores ícones da música brasileira e como um símbolo de orgulho e resistência para o povo nordestino.