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Obesidade pode atingir metade das crianças e adolescentes brasileiras em 2035

Para os adultos a situação também é alarmante

às 15h07
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A obesidade é uma das questões de saúde pública mais urgentes e desafiadoras enfrentadas pela sociedade moderna. Este problema de saúde crônico afeta milhões de pessoas em todo o mundo, resultando não apenas em problemas físicos, mas também em impactos psicológicos e socioeconômicos significativos. Com o aumento da disponibilidade de alimentos processados, estilos de vida sedentários e mudanças nos padrões alimentares, a prevalência da obesidade continua a aumentar em ritmo alarmante. 

De acordo com a edição 2024 do Atlas Mundial da Obesidade, realizado pela Federação Mundial de Obesidade, 50% das crianças e adolescentes brasileiros em 2035 poderão ser acometidas por essa condição, se medidas não forem adotadas para frear a escalada da doença.  No geral, o levantamento constata que a população obesa pode saltar de 15,6 milhões (2020) para 20,4 milhões, em 11 anos.  Para os adultos, a estimativa é de que o número de pessoas que vivem com a doença aumente 1,9% por ano. Atualmente, os dados já são alarmantes e levantam preocupações de especialistas no mundo todo. Uma análise global do periódico The Lancet mostrou que o número de pessoas que vivem com obesidade já passa de 1 bilhão. No período de 1990 a 2022, as taxas de obesidade quadruplicaram entre crianças e adolescentes (5 a 19 anos). Em 2022, 879 milhões de adultos viviam com obesidade. 

“As consequências da obesidade são vastas e abrangem uma variedade de problemas de saúde, incluindo doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, hipertensão, problemas articulares, distúrbios respiratórios, câncer e complicações psicossociais, como depressão e baixa autoestima. Além disso, também está associada a um aumento do risco de mortalidade prematura”, explica a nutricionista e professora do Centro Universitário Tiradentes (Unit-PE), Hortência Andrade.

Em nível socioeconômico, a obesidade impõe um ônus significativo nos sistemas de saúde, devido aos altos custos associados ao tratamento de doenças relacionadas à obesidade. Além disso, indivíduos obesos muitas vezes enfrentam discriminação no local de trabalho e na sociedade em geral, o que pode levar a disparidades econômicas e sociais.

“A obesidade é uma doença que requer uma abordagem multifacetada e colaborativa para enfrentá-la eficazmente. A colaboração entre governos, profissionais de saúde, setor privado e indivíduos é essencial para combater essa crescente crise de saúde pública e melhorar a qualidade de vida das pessoas em todo o mundo”, finaliza Hortência.

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