O Frevo, expressão cultural pernambucana rica em história, cor e energia contagiante, é comemorado hoje, 9 de fevereiro. A celebração reverencia e exalta essa manifestação única que se tornou um ícone da cultura popular brasileira. O termo tem sua etimologia ligada à gíria popular que significa “ferver” ou “esquentar”
O Frevo tem suas raízes fincadas no final do século XIX, emergindo dos blocos carnavalescos e da rivalidade entre as bandas militares e os escravizados que tinham se tornado livres. Sua origem remonta ao movimento de liberdade e resistência e o ritmo é uma verdadeira fusão de influências que incluem polcas, maxixes, marchas e ritmos africanos.
Ele embala os foliões durante os dias de festa e os passistas tomam as ruas com suas coreografias arrojadas, contagiando multidões e utilizando os guarda-chuvas coloridos, que se tornaram um símbolo do ritmo. “É um dos grandes símbolos da “nordestinização”, termo muito usado por Gilberto Freyre. Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro digno de todas as homenagens, de toda essa projeção mundial”, relata Joana D’arc, bibliotecária da Unit-PE e bailarina profissional com formação na metodologia Brasílica (Balé Popular do Recife).
Para ela, o frevo “é memória afetiva, além de sinônimo de grandes oportunidades de representar o estado de Pernambuco e até mesmo o Brasil na China, na Venezuela, na Inglaterra”. A passista dança desde os cinco anos de idade e, profissionalmente, parou em 2015. “Mas vez ou outra, ainda danço”, complementa.
É famoso, importante e ainda representativo. Este é o frevo, um dos verdadeiros patrimônios do povo pernambucano que deve ser cada vez mais preservado e difundido.