A temperatura média global subiu 1,1 ºC desde a Revolução Industrial. E, como consequência disso, vê-se desastres ambientais com mais frequência e intensidade, como enchentes, queimadas, degelo nos polos, temporadas acentuadas e extremas em todos os continentes. Isso tudo acontece porque as atividades humanas estão emitindo grande quantidade de gases de efeito estufa (GEE) para a atmosfera.
Com o objetivo de conscientizar e frear esse acelerado processo de aquecimento global e, mais especificamente, reduzir as emissões de gases de efeito estufa na atmosfera, surge a expressão net zero carbon emissions (zero emissões líquidas de carbono, em tradução livre), mais conhecida como NetZero.
O NetZero, considerado uma das principais estratégias de sobrevivência da humanidade, trata-se de um acerto de contas com o planeta Terra envolvendo indivíduos, empresas e governos, que tem como premissa de funcionamento duas principais maneiras de redução de emissões: A primeira delas é diminuir ou eliminar atividades que produzam gases de efeito estufa; e se não for possível zerar o impacto reduzindo emissões, o segundo passo é compensá-las, com o uso de tecnologias de emissão negativa.
Alguns países, que são grandes emissores de carbono, já se comprometeram em ser NetZero até 2050 (EUA e União Europeia) e 2060 (China). Por outro lado, outros países, como o Butão e o Suriname, já superaram o net zero e são negativos na emissão de carbono. Diante disso, o que falta para o net zero virar realidade em outros países?
Especialistas concordam que falta estabelecer métricas e protocolos universais que coloquem todos na “mesma página”, definindo e adotando uma metodologia padronizada para calcular emissões e compensações, necessária não só para gerar relatórios confiáveis e uniformes, mas também para alinhar os comprometidos com metas net zero e analisar a efetividade de suas políticas e práticas.