De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 40% da população brasileira sofre com o bruxismo, transtorno em que a pessoa aperta, desliza ou bate os dentes, principalmente durante o sono. Acontece de modo involuntário, ou seja, sem que a pessoa queira.
As causas dessa condição ainda não são muito claras, conforme explica o Ministério da Saúde, vários fatores, inclusive hereditários e genéticos, podem provocar o distúrbio. Alguns outros comuns são alinhamento anormal do maxilar, concentração intensa ou ansiedade situacional (que acontece em situações específicas).
Sintomas
Algumas pessoas não apresentam sintomas. Em geral, só descobrem quando vão ao dentista, podendo ser observado:
– desgastes dentários leves;
– trincas no esmalte dentário;
– sensibilidade nos músculos da mastigação;
– fraturas de dentes, raízes, restaurações, próteses, chegando até mesmo a fraturas de implantes;
– dores de cabeça e na face que muitas vezes se confundem com dores de ouvido, sinusites ou até mesmo como dores de dente;
– marcas na parte interna das bochechas e na língua;
– zumbido no ouvido;
– dores e estalos ao abrir e fechar a boca
Nos casos mais graves, pode ser necessário fazer tratamento de canal nos dentes afetados ou ainda tratar de distúrbios na articulação de ossos da face, como maxilar, mandíbula e têmporas.
Tratamento
O Ministério da Saúde, em sua biblioteca virtual, aponta ainda que, até o momento, não é possível afirmar a existência da cura para o bruxismo, mas sim o controle.
“Após a avaliação e com o auxílio de alguns exames complementares, o dentista realizará o diagnóstico e indicará a melhor terapia para cada caso. Pode ser necessária a reposição de dentes ausentes ou, ainda, a correção de dentes tortos ou que não se encaixam corretamente. Além destas opções, existe a placa oclusal, acessório feito sob medida, no formato exato da mordida do paciente. Deve ser utilizada durante a noite ou também de dia, de acordo com a necessidade e a indicação do profissional de saúde”, reitera.
Prevenção
– Introduzir atividades prazerosas na rotina diária;
– Reduzir sobrecarga de tarefas do dia a dia;
– Terapias psicológicas podem auxiliar;
– Utilizar de técnicas de relaxamento, respiração, músicas calmas e aromas terapêuticos;
– Buscar terapias complementares, tais como acupuntura, meditação e brincadeiras, no caso de crianças, sem agitação antes de dormir;
– Evitar dormir de luz acesa e/ou com a TV ligada, assim como o uso de telas (smartphones) pelo menos uma hora antes de dormir.