Também chamada de teoria dos seis graus de separação, o conceito do mundo pequeno foi criado em 1920, pelo escritor húngaro Frigyes Karinthy, no livro de ficção Tudo É Diferente. Na história, o autor conta que com o avanço da comunicação as conexões sociais ficariam ainda maiores, de modo que todas as pessoas do mundo se conheceriam de alguma forma, através de seis amizades.
O personagem principal do livro, por exemplo, se convence que existe uma ligação entre ele, em Budapeste, e um operário da Ford, nos Estados Unidos. Mas a ficção ultrapassou a realidade – pesquisadores começaram a achar sentido na teoria, e testes começaram a ser feitos.
Em 1967, o psicólogo americano Stanley Milgram elaborou um experimento de troca de cartas entre desconhecidos. Ele enviou 300 pacotes para diversas pessoas nos Estados Unidos, junto com um bilhete pedindo que o material fosse entregue a um homem em Boston, utilizando algum conhecido para isso. O resultado foi que todas as correspondências que chegaram até o destino final passaram por seis intermediários.
Após isso, diversos testes foram realizados, até chegar às conexões do mundo virtual, a partir das redes sociais, tão presentes atualmente. Com isso, viram que as pessoas estão ainda mais conectadas com a tecnologia, principalmente em plataformas como Facebook e Linkedin. A teoria do mundo pequeno é um ótimo exemplo para mostrar o poder da globalização e da mídia, já que a sociedade está expandindo cada vez mais os contatos.
Ela pode ser usada também para demonstrar o networking e sua facilidade hoje em dia – para aparecer oportunidades no mercado de trabalho ou acadêmico não é preciso conhecer muitas pessoas, mas sim, uma pequena parte delas, que interagem com outras, criando assim um fluxo. Por isso, a frase “que mundo pequeno!”, dita por muita gente, tem cada vez mais sentido.