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Fazer exercícios pode evitar o agravamento do Alzheimer, segundo estudo

A chave é o hormônio liberado nas atividades físicas

às 12h56
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Uma pesquisa do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) revelou que fazer exercícios pode atenuar os sintomas do Alzheimer, doença neurodegenerativa progressiva e fatal. Os achados foram publicados no periódico científico Nature Medicine. O estudo tem potencial para ser o início do desvendamento da cura do transtorno. 

Feito por Rudimar Frozza, pesquisador da Fiocruz, e Fernanda de Felice e Sérgio Ferreira, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o estudo teve também a participação de instituições brasileiras e cientistas do Canadá e Estados Unidos. A pesquisa revelou que a irisina, hormônio que é liberado quando se está praticando exercícios físicos, melhora a comunicação entre os neurônios e impede que as toxinas relacionadas aos transtornos neurodegenerativos cheguem aos neurônios. 

A irisina foi descoberta em 2012 por pesquisadores nos Estados Unidos e, desde então, ela vem sendo alvo de estudos por cientistas. A primeira descoberta científica em relação ao hormônio foi durante pesquisas sobre diabetes tipo 2 e obesidade. A partir daí, surgiu o interesse de relacioná-lo com o cérebro.

Para a pesquisa, os cientistas viram que a irisina está em níveis menores em pessoas com Alzheimer. Depois, eles fizeram testes com camundongos geneticamente modificados para desenvolver sintomas da doença neurodegenerativa. Os animais eram submetidos a sessões de nado, de uma hora, cinco dias por semana, durante cinco semanas. Também foi feita a reposição da irisina em doses manipuladas.

Os camundongos que foram submetidos a reposição de irisina conseguiram melhorar o funcionamento das células nervosas, com aproveitamento de memória e aprendizado. Foi comprovado que o hormônio, então, está relacionado à prevenção da perda da memória e recuperação da memória perdida.  Agora, os pesquisadores irão estudar ainda mais a função da irisina em todo o cérebro e seus efeitos na região.

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