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Quais os perigos da baixa cobertura vacinal em crianças?

Doenças erradicadas podem voltar a aparecer e colocam em risco a saúde da população

às 13h17
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A importância da vacinação foi amplamente discutida durante a pandemia do Covid-19 mas, apesar disso, a cobertura vacinal em crianças vem caindo. Este fato coloca em risco não apenas os pequenos, mas saúde pública como um todo, afinal, doenças já erradicadas no Brasil podem voltar a surgir. De acordo com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), em 2021, a vacinação infantil contra rubéola, sarampo e caxumba estava em 71,5% – abaixo da recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), que é de 95%.

“Respeitar o calendário vacinal na infância é importante para garantir o crescimento e desenvolvimento saudável da criança, além de ser uma estratégia preventiva contra doenças e infecções nos primeiros meses de vida”, afirma a enfermeira e professora da Unit-PE, Gabriella Nascimento. Um grande exemplo de doença erradicada que voltou a surgir por conta da baixa procura de vacinas é o sarampo, com cerca de 10 mil casos registrados em 2018, de acordo com o Ministério da Saúde – o Brasil havia recebido um certificado em 2016 constatando a eliminação do vírus.

A Sociedade Brasileira de Imunizações (Sbim) – e o próprio Ministério da Saúde – chama atenção para três doenças que podem voltar a surgir no Brasil, caso as metas de vacinação infantil não sejam cumpridas, são elas: a poliomielite, rubéola e difteria. Gabriella explica que no caso da poliomielite, sintomas semelhantes aos da gripe podem surgir, entretanto, quando se manifesta de forma mais grave pode causar paralisia permanente nos braços ou pernas, além da possibilidade de atingir o cérebro e ser fatal.

No caso da rubéola, quando é congênita, pode causar sequelas irreversíveis ao feto, por exemplo, malformação cardíaca, glaucoma, catarata, surdez, entre outras. Já na difteria, ainda de acordo com a enfermeira, o risco varia de acordo com o tamanho e local onde as placas surgem (pele, nariz, faringe, laringe ou amígdalas), podendo trazer dificuldades respiratórias.

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