Uma marca no braço que significa muita coisa: essa é a característica principal da vacina BCG, que completa 102 anos no mês de julho. O imunizante foi criado em 1912 pelos cientistas franceses Léon Calmette e Alphonse Guérin, originando o nome BCG (Bacilo de Calmette-Guérin). Ele é importante para a proteção contra a tuberculose, doença grave que ataca não só os pulmões, mas também ossos, rins e meninges, causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis.
A BCG se tornou obrigatória no calendário vacinal das crianças no Brasil em 1976, e, desde então, é disponibilizada nas redes públicas (Unidades Básicas de Saúde) e privadas. A vacina age enfraquecendo uma das bactérias causadoras da tuberculose, o que previne a doença e impede que ela evolua para as formas mais graves, como a meningite tuberculosa e a tuberculose miliar.
A vacina é tão importante que, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), ela previne 40 mil casos anuais de meningite tuberculosa, isto é, quando implantada no calendário de vacinação infantil. A tuberculose causa sintomas graves, como tosse – com ou sem expectoração e sangue –, falta de ar, dor no peito, fraqueza, perda de peso, febre e suores. Se não for tratada no início, pode levar a outras complicações e até à morte. Sua transmissão acontece de uma pessoa contaminada para outra, através de gotículas de saliva.
Para prevenir a tuberculose, a vacinação é feita em dose única, podendo ser aplicada a partir do nascimento até os quatro anos de idade. Também podem ser vacinadas pessoas que convivem com portadores de hanseníase ou estrangeiros não vacinados que estão de mudança para o Brasil. A BCG salva vidas, garante a proteção de crianças e adultos e é gratuita nas Unidades Básicas de Saúde.