A descoberta do fogo pelos humanos (cerca de 1,5 milhão de anos atrás) trouxe diversos avanços para a humanidade, pelos vários usos que esse elemento da natureza pode ter, e foi um importante marco para a história humana. Por outro lado, o fogo também traz alguns perigos para a saúde e para a vida. No entanto, apenas na Roma Antiga surge a profissão que hoje conhecemos como bombeiros.
Antigamente, esses profissionais não eram chamados assim. Eram conhecidos como “vigiles”, que significa algo como “vigia”, e agiam como patrulhas pelas ruas, para evitar que pequenos incêndios se iniciassem, já que ainda não havia estrutura para ocorrências de maior porte. Por séculos, pequenos focos de incêndio eram apagados pela própria população com baldes d’água.
Já em casos de maior proporção, era utilizada uma técnica de terra arrasada. Quando se verificava que o fogo estava incontrolável e já havia tomado grandes proporções, apenas destruíam-se as construções que estivessem no caminho das chamas, para evitar que se espalhassem mais.
Foi o que aconteceu no Grande Incêndio de Londres, que se iniciou no dia 2 de setembro de 1666 e só terminou 4 dias depois. Algumas outras grandes tragédias ocorreram em Constantinopla (atual Istambul), em 406, que já sofria com incêndios por causa das Cruzadas, e também em Chicago, no ano de 1871, além do também famoso incêndio de Roma, no ano de 64, cujo culpado, segundo algumas versões, foi o próprio imperador Nero, supostamente com a intenção de culpar os cristãos (que eram perseguidos na época).
Assim, com tantos incêndios, foram surgindo várias escolas de treinamentos de bombeiros nos Estados Unidos e na Europa, e o Brasil também resolveu aderir. Em 1856, D. Pedro II assinou um decreto para a diminuição de focos de incêndio. Antes, a extinção de incêndios era similar a como se fazia na Europa, com a utilização de baldes d’água pela própria população. Depois, o treinamento dos bombeiros passou a ser feito junto à polícia, até a criação de uma escola de bombeiros em São Paulo, em 1964.