De acordo com uma pesquisa de 2016 do grupo Saudifitness, o Brasil é o terceiro país do mundo que mais consome suplementos alimentares, principalmente entre homens de 15 a 20 anos de idade. Os suplementos vêm em diversos tipos: hipercalórico (para engordar), proteicos (para ganhar massa muscular), termogênico (para emagrecer), antioxidante (contra o envelhecimento), hormonal (regularizar o sistema hormonal). Até mesmo complexos vitamínicos podem ser enquadrados como suplementos alimentares, isso porque suplementos servem para completar a dieta, a depender de uma necessidade específica do corpo.
Com um aumento de 7,6% dos usuários de academias entre 2018 e 2019, e sendo o Brasil o segundo país do mundo com mais academias (atrás dos EUA), segundo dados do relatório de 2020 da IHRSA (International Health Racquet & Sportsclub Association), muita atenção se volta para os suplementos proteicos, como o Whey protein e a creatina, por exemplo. Esses suplementos são muito usados, pois, para ganhar massa muscular, é necessário consumir uma quantidade de proteínas maior do que a que consumimos normalmente, sendo necessária a suplementação.
Muitas pessoas, no entanto, acreditam que esse hábito é perigoso, e ainda associam esses suplementos aos anabolizantes (medicamentos hormonais utilizados para fins específicos e que podem causar sérios prejuízos para quem os utiliza para ganho de massa muscular). Os suplementos são feitos a partir de alimentos naturais: o Whey vem da proteína do leite, por exemplo, e a creatina é encontrada em carne vermelha e frutos do mar. Até mesmo outros tipos de suplementos vêm de origens naturais, como o colágeno (pele e cartilagem de animais) e o ômega 3 (peixes).
Além do ganho de massa muscular, os suplementos são utilizados por quem tem algum déficit nutricional, ou por quem apresenta necessidades específicas, como grávidas e idosos, a exemplo do próprio Whey, que pode ser usado para evitar a perda de massa muscular em pessoas da terceira idade. Mas, qualquer que seja o caso, a prescrição de um suplemento deve ser feita por um nutricionista ou um médico, levando em consideração as necessidades do paciente, bem como seu estilo de vida e seus hábitos alimentares. Fazer suplementação por conta própria pode trazer riscos para órgãos como os rins e o fígado, principalmente se a dose consumida for superior ao mais comumente recomendado.