Desde 2004, no dia 17 de maio é celebrado o Dia Internacional Contra a Homofobia, Bifobia e Transfobia. A data faz referência ao dia em que, no ano de 1990, a homossexualidade deixou de constar na Classificação Internacional de Doenças (CID) da Organização Mundial de Saúde (OMS). Por isso, a data é motivo de comemoração, por essas e outras conquistas, mas também serve para chamar a atenção da sociedade para desafios que ainda precisam ser enfrentados.
No Brasil, em 2011, foi instaurada a Política Nacional de Saúde Integral LGBT, e o STF reconheceu a união estável entre pessoas do mesmo sexo; em 2013, o Conselho Nacional de Justiça proibiu autoridades competentes de se recusarem a celebrar casamentos homoafetivos; em 2018, o STF concedeu o direito a alteração de nome e gênero nos registros civis de pessoas trans; em 2019, homofobia e transfobia foram enquadradas como crime de racismo; em 2020, homens gays e bissexuais foram permitidos de doar sangue.
Mesmo assim, o Brasil é o país que mais mata pessoas LGBTQI+ no mundo, em especial pessoas transsexuais e travestis. Segundo relatório da Antra (Associação Nacional de Travestis e Transsexuais), o Brasil continua no topo da lista por 14 anos consecutivos. Já dados de uma pesquisa feita pela ONG Grupo Gay da Bahia mostram que 135 pessoas LGBTQI+ foram assassinadas, no Brasil, apenas na primeira metade do ano de 2022.
No mundo inteiro, 69 países têm algum aparato legal que criminaliza a homossexualidade, segundo o relatório mais recente (de 2020) da Associação Internacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Trans e Intersexo (ILGA, em inglês). Desses, 6 preveem pena de morte e outros 5 têm essa punição como uma possibilidade. A maior parte desses países está concentrada na África e no Oriente Médio.