O sistema Braille é utilizado em diversos países e é composto por sinais em alto relevo para que, através do tato, pessoas com deficiência visual possam ler e escrever. No Brasil, chegou ainda em 1854, através de José Álvares de Azevedo, que havia voltado de um período de estudos no Instituto Real dos Jovens Cegos de Paris, justamente quando o sistema estava sendo aplicado lá.
Entretanto, a criação do Braille aconteceu na França, tendo sua base concluída em 1824 por Louis Braille, que perdeu a visão completamente ainda na infância. Quando tinha três anos de idade, sofreu um acidente enquanto brincava com as ferramentas de seu pai, onde teve o olho esquerdo perfurado, perdendo a visão dele, porém, foi vítima de uma infecção durante o tratamento, que atingiu o olho direito e o deixou completamente cego.
Com o passar dos anos,apesar de não conseguir enxergar, ele era muito inteligente e habilidoso e, aos 10 anos, ganhou uma bolsa de estudos no Instituto Real dos Jovens Cegos de Paris, onde o sistema utilizado era o Valentin Haüy – letras grandes impressas em alto relevo, mas servia apenas para a leitura e existiam muitas dificuldades de adaptação por parte dos estudantes.
Então, em 1821, Braille conheceu um sistema conhecido como “Leitura noturna” para que os soldados pudessem ler no escuro, composto por pontos e traços. Inspirado nele, Louis Braille passou 3 anos estudando e apresentou um método alternativo em 1824. Baseado no alfabeto e números franceses, o método recebeu aperfeiçoamentos ao longo dos e Braille passou a ensiná-lo aos seus colegas, entretanto, o sistema só foi oficializado em 1843, um ano após a morte de seu criador.