A acantose nigricans é uma condição dermatológica caracterizada pelo surgimento de lesões escuras (manchas) em determinadas regiões do corpo, normalmente, naquelas que possuem dobras como o pescoço, axilas e virilha. Nos locais onde as manchas aparecem, é comum que a pele tenha uma textura mais espessa ou aveludada.
Esta condição pode afetar homens e mulheres, em qualquer idade, inclusive os bebês. De acordo com Andrea Biazatti, esteticista e professora da Unit-PE, as causas mais comuns estão relacionadas, além dos fatores genéticos, com a obesidade, diabetes tipo 2, Síndrome do Ovário Policístico (SOP) e, ainda, fatores metabólicos e endocrinológicos associados à resistência à insulina. Alguns tipos de câncer e efeitos colaterais de alguns medicamentos também podem causar a acantose nigricans.
É interessante ressaltar que a condição não apresenta nenhum sintoma, além das alterações cutâneas citadas anteriormente e sim, evoluções. “Inicialmente, vai surgir uma hiperpigmentação com uma cor mais acinzentada, depois se torna um cinza mais escuro e pode chegar até um quase preto”, explica Andrea.
Atualmente, existe a possibilidade de tratamento através de cremes tópicos ou pomadas, mas os casos devem ser avaliados individualmente. Além disso, terapias à base de retinóides ou vitamina D e, ainda, os retinóides sistêmicos via oral.
No primeiro momento, pode-se pensar que a lesão benigna, futuramente, se não tratada, poderá estar relacionada com algum tipo de câncer de pele. Entretanto, a esteticista explica que ”raríssimas vezes a acantose nigricans pode se tornar um câncer”, porém, é necessário estar atento a detalhes como localização, idade do paciente, doenças e fatores de risco associados. “Caso haja alguma dúvida com relação à mancha ou espessura da pele, podem ser feitas biópsias para saber se existe chance de comprometimento”, pontua.