Há alguns anos, realizar pagamentos, tanto à vista quanto à prazo, através de cheques era muito comum no Brasil, entretanto, essa prática vem caindo em desuso. De acordo com um levantamento feito pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), de 1995 a 2021, houve uma queda de cerca de 93,4% no uso e compensação de cheques.
O professor da Unit-PE e economista, Paulo Alencar, explica que essa queda está relacionada à criação e crescimento de bancos completamente digitais, onde tudo pode ser facilmente resolvido de maneira remota. “Se, há 10 anos alguém falasse sobre agências bancárias que não existiriam fisicamente, ninguém investiria ou guardaria dinheiro nelas, mas, atualmente, 70% das transações bancárias do Brasil já são digitais, assim, acaba se usando muito o pix”, comenta.
A facilidade e segurança de realizar transferência a partir do celular, bem como conversar com gerentes de bancos, fazer investimentos, pagamentos e outros procedimentos bancários, torna o cheque uma alternativa mais complicada e demorada, por conta de prazos, tipos e assinaturas. Apesar de ainda existirem brasileiros que optam por utilizá-los, Paulo adianta que, possivelmente, essa forma de pagamento deixe de existir. “A tendência é que os cheques continuem diminuindo a quantidade e o valor. E, muito em breve, ele tenda a zero, em mais dois ou três anos”, diz ele.