Sabe-se que o excesso de álcool no organismo causa, a longo prazo, problemas como cirrose hepática, problemas gastrointestinais e cardiovasculares, entre outros. Porém, a curto prazo, a ingestão de álcool também pode trazer consequências e alterações cardíacas, como no caso da Síndrome do Coração Festeiro.
Apesar do nome soar como algo positivo, esta síndrome causa desconforto no peito, palpitações, falta de ar, tonturas ou desmaios após o consumo exagerado de bebidas alcoólicas, principalmente, quando são associadas à energéticos e outros estimulantes. A causa destas alterações no coração estão relacionadas ao aumento da descarga simpática (dilatação da pupila, broncodilatação, liberação de adrenalina e outros) e aumento da secreção de hormônios como epinefrina e norepinefrina (estimulantes do sistema nervoso central). Além disso, a Síndrome do Coração Festeiro pode atingir tanto pessoas com problemas cardíacos pré-existentes quanto pessoas com corações saudáveis.
Normalmente, os sintomas somem espontaneamente dentro de 24h, inclusive a arritmia cardíaca (fibrilação atrial). Entretanto, caso haja necessidade, pode-se ir até uma emergência para que o paciente seja monitorado e medicado corretamente.
A Síndrome ganhou este nome em 1978, do pesquisador Philip Ettinger e sua equipe da CMDNJ-New Jersey Medical School (EUA). Eles estudaram casos de internações em diversos hospitais e perceberam um aumento no número de pacientes com problemas cardiovasculares após o consumo excessivo de álcool em festas.