A anemia falciforme é uma doença hereditária que causa alteração nos glóbulos vermelhos, células responsáveis pelo transporte de oxigênio no sangue. Elas normalmente têm um formato de disco, mas para quem é portador da condição, a forma se assemelha com uma foice ou meia lua. Isso implica consequências para o corpo, necessitando de tratamento.
Com a alteração do formato dos glóbulos vermelhos, eles não conseguem realizar sua função adequadamente no corpo, então o transporte de oxigênio fica reduzido, causando sintomas como dor nos ossos, abdome, tórax, região lombar e articulações; infecções frequentes, atraso no crescimento, olhos e pele amareladas, palidez, cansaço e sono.
Os sintomas da anemia falciforme já podem ser observados a partir dos 4 meses de vida, mas a doença pode ser detectada nos primeiros dias após o nascimento, através do teste do pezinho. O exame de sangue também detecta a condição, pela dosagem de bilirrubina, que mostra os formatos das hemácias e valores da hemoglobina.
A doença é causada pelo fator hereditário e genético, sendo passada dos pais para o filho. Quem tem anemia falciforme apresenta o gene SS e mesmo que os genitores não tenham a condição (gene AS), significa que eles são portadores, e as chances do filho ter a doença são de 25%, ou 50% de ser portador.
A anemia falciforme pode causar diversas consequências para a saúde, como inflamações, aumento do risco de infecções, comprometimento dos rins e do fígado, feridas na pele, pedras na vesícula, problemas oculares e doenças cardiovasculares. Por isso, o tratamento é muito importante e deve ser para toda a vida. Normalmente, são indicados pelos médicos remédios específicos, como a penicilina – em crianças – e analgésicos, antiinflamatórios, transfusões de sangue e máscara de oxigênio.
Já a cura pode ser alcançada através do transplante de medula óssea ou de células tronco hematopoiéticas. Porém, ambos ainda não têm muita indicação por causa dos riscos associados aos procedimentos.