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O sono e as funções cognitivas

Privação de sono pode alterar concentração, atenção e memória

às 14h32
As funções cognitivas do sono
As funções cognitivas do sono
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Uma boa noite de sono é fundamental para que tenhamos um melhor aproveitamento no dia seguinte. Porém, às vezes o estilo de vida e a rotina apertada impossibilitam que isso aconteça. De acordo com um estudo publicado na revista Annals of Behavioral Medicine, apenas uma noite sem dormir é suficiente para desestabilizar a saúde física e mental diária. 

Além disso, a privação do sono também está relacionada a alterações cognitivas como concentração, atenção e memória, então, quando não dormimos, essas áreas são afetadas agudamente, explica Dennys Lapenda, neuropsiquiatra e professor da Fits. “Existe uma fase do sono, chamada de sono REM, que libera alguns neurotransmissores diretamente relacionados à cognição do paciente, por isso, quando não existe um sono adequado, afeta a cognição”, pontua. Alterações de humor também são comuns, principalmente, se a privação do sono é um ato frequente, porque os neurotransmissores são igualmente responsáveis pelas sensações de prazer e bem estar.

Assim como as alterações cognitivas e de humor, privar o sono pode contribuir para o aparecimento de doenças cardiovasculares, problemas respiratórios do sono (apnéia), hipertensão, obesidade, infarto, AVC, queda da imunidade e processo de envelhecimento acelerado (tanto estético, quanto neuronal). Ainda de acordo com Dennys, alguns estudos já apontam relação entre quadros neurodegenerativos, como Alzheimer e Parkinson, e transtornos do sono, como insônia, e parassonias, com o transtorno comportamental do sono REM, por exemplo. 

Para que esses problemas sejam prevenidos, é importante adotar a chamada higiene do sono – uma série de medidas que têm o objetivo de melhorar a qualidade do repouso, como diminuir a exposição à telas perto da hora de dormir, incluir atividades físicas na rotina, adequar o ambiente com pouca luz e sem ruídos, diminuir a ingestão de produtos com cafeína e ter uma alimentação balanceada. “Hoje em dia, é fundamental ter uma qualidade do sono, para ter uma qualidade de vida satisfatória associada à uma boa saúde mental. Sono é saúde mental, é qualidade de vida”, reforça o neuropsiquiatra.

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