“Pode acabar o petróleo, pode acabar a vergonha, pode acabar tudo, enfim, mas deixem o frevo pra mim”, cantava o saudoso Capiba, em 1980. A música “Trombone de Prata”, com versos tão famosos e repetidos durante o período carnavalesco, exaltam e fazem referência ao nosso amado frevo.
No Recife, o Dia do Frevo é comemorado em fevereiro (9), já em clima de carnaval, mas a data escolhida para a comemoração nacional é 14 de setembro. O ritmo teria surgido no final do século XIX, em Pernambuco, a partir das apresentações de capoeiristas que utilizam os movimentos para intimidar os adversários e proteger o grupo, com junção de ritmos como polca, maxixe e dobrado. Tanto a dança quanto o ritmo foram desenvolvidos e adaptados ao longo dos anos.
Em 2012, o frevo foi declarado Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Unesco. O ritmo é marcado por passos rápidos com giros, malabarismos e passos miúdos, além de ter a presença de uma pequena sombrinha colorida que auxilia os passistas na execução de movimentos e traz um detalhe especial ao figurino – que também é repleto de cores vivas.
Os tipos mais conhecidos do frevo são o de rua (completamente instrumental, exclusivo para dançar), de bloco (é cantado e tem um ritmo mais lento, trazendo o saudosismo em suas letras, como o Bloco da Saudade, por exemplo) e o canção (também cantado, semelhante às marchinhas de carnaval).