Assuntos como transtornos psicológicos e cuidados com a saúde mental foram evidenciados e levantaram diversos debates durante a pandemia da Covid-19. O medo da doença que era, até o momento, desconhecida, o número de infectados e de óbitos crescendo diariamente e o distanciamento social necessário para a manutenção da saúde, foram alguns fatores relacionados ao crescimento de problemas como depressão e ansiedade – um estudo publicado no The Lancet mostra que, em 2020, surgiram 53 milhões de novos casos de depressão e 76 milhões de ansiedade.
Problemas como esses, além de grande traumas, bullying, cobranças excessivas, medo e insegurança, podem fazer com que as pessoas atingidas cometam suicídio. A Organização Mundial da Saúde afirma que essa é a segunda principal causa de mortes entre jovens de 15 a 29 anos e que, no Brasil, a cada dia, 38 pessoas tiram a própria vida. Nesse sentido, a campanha do Setembro Amarelo vem com um papel muito importante de alertar, conscientizar e prevenir o suicídio.
Criada em 2014, através de uma parceria entre a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) e o Conselho Federal de Medicina (CFM), a campanha busca atingir todo o território brasileiro através de ações, debates, cartilhas e materiais para a imprensa. O lema escolhido para este ano é “A vida é a melhor escolha!”.
O mês de setembro é, de fato, importante para conhecer e prevenir casos de suicídio, mas as ações e o auxílio a pessoas que precisam devem ser mantidos durante o ano todo. Ouvir, conversar, acolher, incentivar a busca por profissionais da saúde mental e não julgar as dores das pessoas são atitudes diárias que podem ajudar o próximo. E, caso contrário, se você estiver com problemas, pedir ajuda é crucial.