A doação de órgãos é o ato em que são doados partes do corpo, como tecidos e órgãos, para serem usados no tratamento da pessoa que irá recebê-los. Doar é mais do que uma ação voluntária: é salvar vidas e ajudar no bem-estar de milhares de pacientes.
A doação é feita através do transplante, em que o órgão do receptor doente é substituído pelo saudável do doador. Podem ser doados rins, fígado, coração, pulmões, pâncreas, intestino, córneas, valvas cardíacas, pele, ossos e tendões. Por isso, a importância de doar: apenas um doador consegue salvar diversas vidas.
Dados – O Brasil é um país referência em doação de órgãos, por causa do Sistema Único de Saúde (SUS), que realiza cirurgias de forma gratuita. Porém, ainda existem dificuldades: de acordo com o Ministério da Saúde, foram realizados 9.235 transplantes em 2019. Mas a pandemia piorou a situação: em 2020, aconteceram 7.453 transplantes, e em 2021, 7.425.
A Associação de Brasileira de Transplantados (ABTx) revelou que, em 2019, a fila de espera por órgãos estava em aproximadamente 38 mil pacientes e, este ano, o número aumentou cerca de 30%. São apenas 16% de doadores a cada milhão de pessoas. Isso quer dizer que quem está aguardando corre risco de vida, e a doação de órgãos poderia mudar toda a perspectiva – apenas um único doador conseguiria salvar vários pacientes e suas saúdes.
Como doar – Para ser doador de órgãos e tecidos, é preciso avisar a família e outras pessoas próximas sobre a sua vontade. No Brasil, o transplante só é feito após a autorização familiar. Depois que é constatada a morte encefálica de uma pessoa, os médicos fazem a entrevista perguntando sobre o desejo de doar do falecido. Caso a família autorize o procedimento, a equipe de saúde realiza uma entrevista com eles sobre o histórico clínico, doenças e hábitos do doador. A partir daí, dá-se início ao processo de doação.