Nesta terça-feira (4), é comemorado o dia mundial do braile, data escolhida pela Organização das Nações Unidas – ONU, em homenagem ao criador do sistema de escrita tátil, o francês Louis Braille, que ficou cego aos 3 anos de idade após um acidente que causou a infecção dos seus olhos levando à cegueira total.
A data tem a finalidade de chamar atenção para a acessibilidade de organizações e estabelecimentos que têm baixa adesão a mapas, manuais, sinalização de escadas e elevadores, cardápios, boletos e materiais didáticos em braile, além de criação de políticas públicas inclusivas para pessoas com deficiência visual. Especialistas afirmam que a educação abre portas e dá autonomia à pessoa cega, e que, ensinar ela a ler e escrever em braile permite que futuramente a pessoa tenha oportunidades de ingressar no mercado de trabalho como qualquer outro profissional.
O sistema braile possui 63 combinações de até 6 pontos que formam letras, palavras, números e símbolos para a comunicação em países que utilizam o alfabeto ocidental. A leitura dos escritos em braille se faz normalmente da esquerda para direita, o tato passeia pelo texto para que haja a interpretação.
Projetos de Lei
No congresso nacional, alguns projetos de lei defendem a acessibilidade através da utilização do braile e demais tecnologias, como é o caso do projetos de lei 50/2017, do senador Paulo Paim (PT-RS) que pede a regulamentação da profissão do transcritor e revisor de textos em braile, e o projeto de lei 5.093/2019 que exige a disponibilização de produtos eletroeletrônicos, eletrodomésticos e eletroportáteis com tecnologia assistiva e etiquetas braile para atender as pessoas com deficiência visual.