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Fernando de Noronha poderia ser potiguar, mas é pernambucana: entenda

A ilha passou por um processo de disputa ao longo da história, foi tomada e devolvida, e por fim, continuou pertencendo ao estado de Pernambuco

às 20h46
Imagem: divulgação
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A ilha de Fernando de Noronha está há 545 km da costa pernambucana e há 360 km da costa potiguar, mas você sabe o que explica o pertencimento dela ao estado de Pernambuco? Fernando de Noronha é um arquipélago de 26 quilômetros quadrados e é formado por 21 ilhas e ilhotas. Os registros relatam que a descoberta da ilha ocorreu em 10 de agosto de 1503 através de uma expedição portuguesa que desbravava a costa da América do Sul.

Conhecida como santuário da vida marinha, a ilha de Fernando de Noronha, nunca pertenceu ao estado do Rio Grande do Norte, apesar de ser o estado com maior proximidade à ilha, por nunca ter sido ocupada pelos potiguares, a posse da ilha em momento algum foi destinada ao estado do Rio Grande do Norte. 

Sua localização à frente do continente impactou diretamente nas invasões ao território brasileiro. Os ingleses, franceses e holandeses foram os principais povos a ocuparem a ilha, e a partir disso, houveram as disputas pelos territórios, tanto da ilha quanto do continente, ao longo dos séculos seguintes, até que em 1700 o território foi atribuído ao estado de pernambuco, considerando que foram os primeiros povos nativos a habitarem o lugar.

Durante a segunda guerra mundial, o arquipélago foi novamente utilizado pelas forças armadas brasileiras, o que perdurou também sobre o período da ditadura militar em 1964. A prisão construída no século 18 foi utilizada para encarcerar presos comuns e também políticos, como Miguel Arraes, ex-governador de Pernambuco e avô do também ex-governador do estado, Eduardo Campos. A posse da federação sobre a ilha, nos últimos anos de vigor, destinou através de um projeto de lei, 70% da região ao parque marítimo, que é preservado até os dias de hoje, e encerrou quando o decreto federal de número 4102 cai, no ano de 1988, e assim é reintegrada ao poder do governo do estado de Pernambuco.

A unidade hoje continua sendo administrada pelo governo do estado de Pernambuco, através do cargo do administrador-geral designado pelo governador do estado. A ilha tem a economia movimentada através do turismo e está entre os principais destinos turísticos do país por causa de suas praias paradisíacas e a vida marinha em diversidade.

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