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Quais são os nomes mais usados pelos brasileiros?

Em 2021, nomes curtos como Ana, Gael e Liz também estão na moda; apesar disso, Maria, José e João são os mais utilizados por milhões de brasileiros

às 12h59
Os nomes têm por função identificar e diferenciar as pessoas umas das outras, não devendo ser motivo de vergonha ou constrangimento (Alyssa Stevenson/Unsplash)
Os nomes têm por função identificar e diferenciar as pessoas umas das outras, não devendo ser motivo de vergonha ou constrangimento (Alyssa Stevenson/Unsplash)
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Há pessoas que planejam os nomes dos filhos mesmo antes de eles serem concebidos e nascerem. Há outras que esperam olhar a carinha do pequerrucho para se inspirar e dar-lhe o nome que levará para o restante da vida – ou não, caso o nome escolhido cause-lhe alguma indisposição ou vergonha e até mesmo não corresponda ao seu gênero sexual. O nome tem por função identificar e diferenciar as pessoas umas das outras. É importante, porque também irá influenciar na sua visão de mundo, na forma como se relaciona e como se portará em sociedade. Há quem diga que o nome pode definir a personalidade da criança e, até mesmo, influenciar no sucesso do seu futuro profissional e amoroso. 

Em tempos antigos, o nome era dado de acordo com a história e função da família do bebê na sociedade, ajudando até mesmo a identificar a origem e tradição familiar daquela pessoa e muitas crianças eram batizadas com os nomes de seus antepassados. Nos dias atuais, embora isso ainda seja visto, novas tendências ganham espaço, como os personagens de filmes, séries e novelas, e artistas.

As produções da Disney influenciam grandemente na escolha dos nomes dos bebês, de acordo com a curadoria realizada pelo site BabyCenter. Ele constatou que o nome feminino mais usado em 2021 este ano foi Helena, que remete à série de animação  Elena do Avalor. Já para os meninos, o nome Matteo tem ganhado força devido a influência do personagem de mesmo nome do filme Sou Luna. Mesmo nos contos clássicos, com nomes como Aurora e Bella dos filmes A bela adormecida e A bela e a fera, ou Sofia, que se tornou um dos nomes mais usados em 2020 pela animação Princesinha Sofia

Por conta de ações afirmativas de vários movimentos negros, já podemos perceber uma forte tendência do uso de nomes de figuras de representatividade e ancestralidade negra, referindo-se a cantoras e apresentadoras famosas nos dias atuais, como Maju e Iza, ou figuras históricas como Dandara. Pais que nomeiam seus filhos com o nomes de seus ancestrais negros estão reafirmando suas origens e fazendo com que sua história seja vista, representada na atualidade e servindo de influência para os que virão. Já é comum vermos crianças negras com nomes como Tereza, Maya e Nelson.

Nomes curtos

Outro fator que influencia muito a escolha dos nomes dos recém nascidos deste ano é o nome dado a filhos de famosos, como é o caso do casal de atores Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso, que nomearam seu filho Bless (“benção” em inglês). Em 2021, nomes curtos têm ganhado também bastante popularidade entre os mais escolhidos, como Ana, Gael, Liz, Elis, Gal, Gil, Tom e Chico.

Na população brasileira, existem mais de 130 mil nomes diferentes, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ele mantém o aplicativo Nomes no Brasil,  para baixar em smartphones e mesmo pelo próprio desktop, que ajuda a saber qual a maior incidência de nomes e qual nome colocar na hora de o próprio filho ou filha vir ao mundo. Os campeões de todas as décadas ainda são Maria e José, seguido de Ana, João e Antônio.

Nome social 

Este é o modo como a pessoa se auto identifica e é reconhecida, identificada, chamada e denominada na sua comunidade e no meio social, uma vez que o seu nome civil, isto é, seu nome de registro, não reflete a sua identidade de gênero. O nome social pode ser alterado e o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) tem uma cartilha esclarecendo que “não se identificar com o sexo do nascimento e ser impedida ou impedido do direito de adequar seu corpo, sua identidade e sua vida à sua identidade de gênero pode ocasionar um enorme sofrimento psíquico acentuado pela discriminação social”. 

Para esses casos, em abril de 2016, durante as Conferências Nacionais Conjuntas de Direitos Humanos, foi publicado o Decreto Presidencial Nº 8.727/2016, que dispõe sobre o uso do nome social e o reconhecimento da identidade de gênero de pessoas travestis e transexuais no âmbito da administração pública federal. De acordo com o Decreto, os órgãos e as entidades da administração pública federal direta, autárquica e fundacional, deverão adotar em seus atos e procedimentos o nome social da pessoa travesti ou transexual, de acordo com seu requerimento.

Seja qual nome for batizado ou tenha no registro de nascimento, é bom que se saiba que é muito importante para os indivíduos a forma como serão chamados diante da sociedade. E que o nome a ser carregado seja sempre um motivo de orgulho, e não de vergonha.

Asscom | Grupo Tiradentes

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