As altas constantes na inflação tem assustado e muito os brasileiros, principalmente, aqueles que costumam fazer investimentos. Em julho deste ano, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), inflação oficial do país, chegou a 9%. Esse é um cenário preocupante, já que a alta nos preços é um entrave aos investidores que sempre atuam para ‘driblar’ o índice e assim, manter o poder de compra do dinheiro poupado ao longo da vida.
Um levantamento do Banco Central também identificou que as perspectivas da taxa de juros da Selic também têm aumentado. Para se ter uma ideia desse aumento, o ano começou com 2% e agora a projeção já está em 7,5% ao ano no fim de 2021.
Diante desse panorama, o questionamento básico por parte de quem deseja investir, é se esse é o momento mais indicado ou não. O momento exige calma e muito planejamento. De acordo com especialistas em finanças, para quem está iniciando agora a investir vale a máxima de formar uma reserva de emergência antes de qualquer coisa.
O ideal é que seja uma aplicação que você possa resgatar a qualquer momento. A mais conhecida é a poupança, mas como ela rende 70% da Selic, o rendimento dela tem perdido e muito com a inflação. Outra opção de investimentos seria o tesouro direto, que também perde com a inflação, mas rende um pouco mais.
“Se você já deu esse primeiro passo, ou seja, fez sua reserva, é hora de olhar para a inflação. Dentro da renda fixa há a opção dos títulos chamados IPCA+, que é um rendimento extra somado à inflação do período. Há tanto no tesouro direto, quanto nos CDBs que são os títulos de renda fixa de bancos”, orienta o professor e economista Lucas Sorgato, docente do Centro Universitário Tiradentes (Unit Alagoas).
Por mais que a inflação ou os juros estejam em alta, os analistas de mercado orientam sempre a olhar outros ativos e continuar estudando. “Independentemente de inflação você deve ter uma estratégia para sua carteira de investimentos e então, estabelecer objetivos. Você pode investir estabelecendo o grau de risco aceitável para cada um desses objetivos”, ressaltou o professor.
Asscom | Grupo Tiradentes