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Alta de casos de chikungunya requer atenção

Só no primeiro semestre deste ano, houve aumento de 473,7% no número de casos. A biomédica e professora Evelyne Solidônio esclarece e diferencia sintomas da arborivose e da covid-19

às 20h53
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A alta de casos de Chikungunya em Pernambuco acende sinal de alerta. Só no primeiro semestre deste ano, o número de casos aumentou em 473,7%. No período, o total confirmado chegou a 3.947 ocorrências. Os dados da Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco mostram que a doença atingiu 111 dos 184 municípios do estado. Desde o início de 2021, a incidência vem avançando. Entre 3 de janeiro e 1° de maio, o estado revelou que a elevação de casos confirmados de chikungunya já estava em 148% em relação ao ano de 2020. 

A chikungunya é foco de alerta endêmico desde 2015 e está no grupo das arboviroses – isto é, as viroses que, em geral, são mantidas em ambiente silvestre, mas que podem ocorrer também em locais urbanos. Os arbovírus são vírus transmitidos pela picada de artrópodes hematófagos, como o Aedes aegypti, também causador da dengue da zika.

Com o período pandêmico e a alta de casos de chikungunya, com reflexos das chuvas, a preocupação é também diferenciar sintomas e doenças. A biomédica e professora da Unit-PE, Evelyne Solidonio, explica: “na chikungunya, aparecem manchas vermelhas na pele, tem o sintoma característico que são as dores nas juntas e a febre. Já na covid-19, os desconfortos respiratórios são mais evidentes, então tem a falta de ar, tosse, catarro, dor no peito e a falta de olfato e paladar”, explicou. 

A chikungunya causa febre, dor de cabeça, mal-estar, dores pelo corpo e muita dor nas juntas (joelhos, cotovelos e tornozelos), além de manchas vermelhas e bolhas pelo corpo. A doença é transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti e os sintomas são transmitidos após 12 dias da picada, sendo que estes podem durar dias ou até mesmo se tornarem crônicos. A transmissão da mulher grávida para o filho também acontece – quando a mãe fica doente na última semana de gravidez e em transfusões de sangue.

Cuidados

Apesar das diferenças sintomáticas, elas têm a semelhança de serem causadas por vírus, mesmo que diferentes. “Uma tem a questão respiratória e a outra articular. São causadas por vírus e precisam de cuidados e prevenções. Em relação à covid-19, é preciso usar máscara, higienizar as mãos e distanciamento social, enquanto na chikungunya o ponto chave é não deixar acumular água parada para não ter a proliferação do mosquito”, orientou.

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