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Pai de surpresa

Conheça a história de paternidade de dois alunos da Unit-PE. José Roberto e Diego Felliphe contam como é a rotina, desafios, aprendizados e sentimentos

às 19h52
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Ela vem com uma carga de sentimentos, responsabilidades e deveres, permeando uma nova fase da vida – ser pai. Às vezes, ela vem depois de muito planejamento. Mas também chegam de surpresa, quebrando a rotina, mudando planos e gerando expectativas. O fato é que o sentido não muda: aprendizados, troca de sentimentos e a lição de educar, criar e amar os filhos em meio às mudanças da vida. Mas, no dia a dia, eles vão aprendendo o que é ser pai.

José Roberto, aluno do 10° período de Engenharia Civil da Unit PE, iniciou seu papel de pai aos 25 anos, em meio à instabilidade da vida. Com a surpresa, houve readaptações e o começo de uma nova história. “Quando eu soube, foi algo assustador, fiquei com muito medo, sem saber o que fazer. Agora, meu filho tem três meses. Minha vida não estava muito estável, estava prestes a ser demitido e com muita coisa na faculdade. Foi inesperado e sem planejamento, já que eu estava trabalhando e estudando ao mesmo tempo”, contou. 

Sobre as mudanças entre passado e presente, José Roberto revela que existem diferenças que vão aumentando aos poucos. “Na faculdade, não mudou nada. Ainda mais com a pandemia e tudo on-line. Já a transformação em mim, em ser pai, é algo que ainda está acontecendo. Leva tempo…”, desabafou.

Em relação às atividades corridas do dia a dia e aos momentos com seu filho, José Roberto comenta que é preciso disposição. “O bebê nasceu em maio e a rotina é muito difícil. Noite sem dormir. É um desafio. Não é como ficar estudando para uma prova. Envolve muitas emoções. Às vezes, sem saber o que está acontecendo com ele”, comentou.

Apesar das dificuldades, o estudante conta que tem toda a ajuda necessária. “É sempre bom poder contar com família e amigos. Toda ajuda é bem-vinda. Mas tem obstáculos sim, a maior dificuldade é a falta de tempo para fazer as coisas. Um bebê precisa de muitas horas do seu dia”, revelou.

Conciliando rotinas

Já para Diego Felliphe, aluno do 7° período de Medicina da Fits, a surpresa chegou em meio à rotina e não no planejamento. Diego foi pai aos 30 anos e já tinha a certeza na mente de que sua idade era ideal para ter seu primeiro filho. Mas, em meio ao seu trabalho, a novidade foi a preparação para conciliar seus dois papéis. “Eu sou formado em Fisioterapia e foi um período em que eu trabalhei bastante, já que eu tinha a vontade de ser pai e ter minha família consolidada. Eu estava trabalhando demais, saindo cedo e chegando tarde, por uns 15 dias seguidos ininterruptos”, lembrou. 

Com a chegada de sua filha, as diferenças na rotina foram imensas: “Meu dia-a-dia mudou totalmente. Tive que aproveitar meu tempo livre para estudar e poder me organizar com a faculdade, ao mesmo tempo de dar assistência e estar presente no desenvolvimento dela, como a primeira palavra, introdução alimentar e os primeiros passos. Ainda bem que consegui acompanhar tudo com a ajuda da minha esposa e da minha família. Não foi e nem é fácil. Mas está tudo funcionando bem. Hoje minha filha tem três anos e consegue entender minha correria”, contou.

“A gente nunca está completamente preparado” 

Sobre sua transformação, como pessoa e pai, Diego conta que é ela é contínua, aprendendo, solucionando problemas e dando o seu melhor. Afinal, a paternidade evolui e muda a cada dia. “A gente nunca está completamente preparado para as coisas na condição de pai. Desde que assumi a função, venho me transformando. Sempre seguirei nesse processo de construção e aprendizado, porque realmente é algo mútuo. Minha filha aprende e cresce com minha orientação. Assim como eu preciso entender as necessidades dela, de acordo com o ambiente que ela vive, com as restrições e projeções futuras”, afirmou Diego.

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