Ele pode ser doce, salgado, com recheio, várias camadas ou caseiro e se encaixa em qualquer refeição, desde o café da manhã até a sobremesa. É o biscoito, claro, que pode ser definido assim. Ele surgiu ainda no período em que os homens viviam em cavernas, porque parte da alimentação da época era baseada em grãos triturados pelos dentes. A partir daí, aqueles habitantes tiveram a ideia de moer os grãos com pedras, misturá-los com água e secá-los no fogo duas vezes. A preparação básica do alimento nasceu aí. Mas só no século VII a.C, no império persa, é que ele foi feito de forma profissional, com farinha de trigo, e virou popular na época, sendo incluído na dieta de reis e soldados.
Os ingredientes são simples: confeccionado à base de farinha, açúcar e um emulsionante, que pode ser leite ou uma gordura. Mesmo com os componentes clássicos, atualmente existem aproximadamente 200 variações de biscoitos. Entre eles, o Cookie – nascido na Inglaterra, de consistência macia -, o Maria – criado por uma padaria inglesa, em 1874, para celebrar o casamento do duque de Edimburgo em São Petersburgo -, o de Gengibre – tradicional natalino de mel, que nasceu na era medieval da Europa – e o famoso Champagne, que tem uma massa aerada coberta por cristais de açúcar, que surgiu através das famílias nobres europeias.
É saudável?
No quesito saúde, o biscoito pode ter vários caminhos diferentes, já que cada um tem seu tipo de preparo e ingredientes modificados. É preciso ficar atento aos falsos biscoitos “fitness” e às tabelas tradicionais de cada um. O famoso maizena, por exemplo, que muita gente considera saudável, contém grande quantidade de açúcar, gordura vegetal e aromatizantes artificiais, podendo causar aumento da pressão arterial e do colesterol, além de ganho de peso.
Os biscoitos de “água e sal” também enganam, já que eles contêm gordura vegetal, açúcar e farinha de trigo. O problema é essa mistura: ela pode levar ao alto índice glicêmico e à obesidade. Com relação aos biscoitos doces, que tem objetivo serem saudáveis, também é necessário redobrar a atenção: eles têm açúcar, amido, emulsificante e farinha de trigo. Apesar de ter compostos integrais, a união ainda pode aumentar o nível de insulina no sangue, além de ter gordura trans, que causa doenças cardiovasculares.
Por isso, o ideal é ficar ligado aos rótulos e ingredientes dos produtos do mercado e não abusar do consumo dos recheados e calóricos. Uma dica é fazer biscoitos caseiros, que são ótimas opções, saudáveis e nutritivos, além de procurar marcas que optam pelo natural e simples.
Biscoito x Bolacha
Debate famoso na internet, muitas pessoas se perguntam qual é o nome correto para identificar os diferentes tipos do alimento. Para tirar a dúvida, é preciso esclarecer que a palavra biscoito chegou primeiro à língua portuguesa. Porém, ambas são usadas no Brasil para se referir à produção clássica da massa assada no forno. Na legislação brasileira, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) considera os dois termos iguais, tanto em preparo como no resultado final, e pode colocar o fim ao debate. Ou não. Contudo, o importante é que cada região tem sua cultura e chama a guloseima de acordo com a tradição local. Em Pernambuco, ambas as palavras são utilizadas. Já no Amazonas, bolacha é a vencedora, enquanto em Alagoas, biscoito é a palavra da vez – de acordo com uma pesquisa feita pela revista Superinteressante.
Curtidas
Nas redes sociais, o tal biscoito também é apreciado. Mas com uma pitada de cliques. Certamente você já deve ter ouvido falar daquelas pessoas que buscam chamar a atenção, fazendo ou dizendo coisas, para receber elogios ou curtidas em postagens nas redes sociais, não é mesmo? Então. Basta estampar caras e bocas nas redes sociais e aguardar o resultado. Essa é a ideia de muita gente, no mundo digital, querendo “confete” e conseguir curtidas, elogios e comentários. Pode não ser comestível feito o outro, mas esse biscoito virtual alimenta muita gente.