Mais tempo para preparar e entregar a declaração do IRPF 2021. A prorrogação do prazo por parte da Receita Federal foi bem recebida pela maioria dos contribuintes, que antes teriam que enviar os dados até 30 de abril, e agora terão até 31 de maio para fazê-lo. Mas, vale a pena atrasar a entrega?
A orientação para evitar transtornos é a de não deixar para a última hora. Esse cuidado, segundo especialistas, evita erros e riscos desnecessários que podem colaborar para que o contribuinte caia na malha fina, por exemplo.
De acordo com o professor de economia Lucas Sorgato, da Centro Universitário Tiradentes (Unit Alagoas), a entrega pode ser feita de forma estratégica pelo contribuinte. “Vale a pena fazer a prorrogação da entrega do imposto de renda, caso você tenha que pagar por ele, pois você consegue ficar com esse dinheiro aplicado em um outro investimento por um pouco mais de tempo rentabilizando melhor. Agora, quando você prorroga, também fica com um prazo menor de pagamento lá no futuro. Então, caso você queira dividir e ir pagando aos poucos, o melhor é antecipar a entrega e pagar logo”, orienta.
Imposto a receber
Mesmo com a prorrogação do prazo de entrega por parte da Receita Federal, o calendário de restituição foi mantido em cinco lotes. Assim, o primeiro já será pago aos contribuintes em 31 de maio, o segundo em 30 de junho, o terceiro em 31 de agosto e o quinto lote em 30 de setembro.
Neste caso, entregar o quanto antes a declaração é o melhor a ser feito, pois a chance de receber a restituição nos primeiros lotes cresce significativamente.
“Essa prorrogação vai depender muito de pessoa para pessoa, de estratégia para estratégia. Pode ser um ponto positivo se a pessoa até em razão da pandemia deseja realizar o pagamento do imposto devido e assim manter por mais tempo o dinheiro que irá usar para isso, aplicado em algum fundo ou investimento. É aquela máxima de ‘cada caso é um caso’”, ressalta o professor.
Asscom | Grupo Tiradentes