A Organização Mundial da Saúde (OMS) conceitua saúde como um bem-estar geral físico e mental, mas também social. Nesse mesmo sentido, a própria Constituição Federal do Brasil coloca a saúde como um direito de todos e dever do Estado. A partir daí, surge a área de Saúde Coletiva, um campo de estudos e também prática profissional multidisciplinar que volta sua atenção para condições socioeconômicas que influenciam na saúde de determinada comunidade.
A Profª Dra. Andréa Rosane, coordenadora do curso de Enfermagem do Centro Universitário Tiradentes (Unit-PE) — localizado na Imbiribeira, ao lado do Geraldão — considera a Saúde Coletiva como uma “garantia de direitos”. “A partir dela, surge a necessidade de serem desenvolvidas políticas públicas, ações preventivas, programas de educação que melhorem a qualidade de vida da população e reduzam as desigualdades de saúde”, explica.
Atividades desempenhadas
A Saúde Coletiva não olha para os problemas de saúde de maneira isolada, mas considera fatores como acesso a saneamento básico e a alimentos e água não contaminados, além de questões culturais, ambientais, demográficas e epidemiológicas. Por isso, a área pode ser exercida por profissionais dentro da área da saúde. “Ela promove a equidade na saúde, previne doenças e agravos, melhora a qualidade de vida das populações e reduz muitos custos com tratamento”, pontua Andréa.
Dentre as tarefas desempenhadas pelos profissionais de Saúde Coletiva, estão a prevenção, a promoção à saúde da comunidade, a vigilância epidemiológica e o controle de surtos. Andréa também menciona atividades específicas dos profissionais da Enfermagem. “Planejamento e implementação de programas de saúde, participação em campanhas de vacinação, de prevenção de doenças, monitoramento e análise epidemiológicos, atuação em equipes em saúde pública, no gerenciamento de todos os programas e na gestão das unidades de saúde”, diz.
Especialização
Para atuar na área de Saúde Coletiva, o profissional pode realizar cursos de especialização, incluindo pós-graduação, mestrado ou doutorado. “A participação em cursos de capacitação, treinamentos, envolvimento com projetos de pesquisa ou de extensão universitária, também a participação em congressos, eventos científicos na área são formas de conhecer sobre a saúde coletiva e se especializar nos temas específicos”, complementa Andréa.