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Popular entre os pernambucanos, o pastel de festa tem influência de várias culturas

A iguaria, que é uma adaptação de um prato africano, sofreu diversas alterações até chegar ao que se conhece hoje

às 16h27
Foto: do site TV Gazeta
Foto: do site TV Gazeta
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O pastel de festa é uma das iguarias mais populares entre os pernambucanos, principalmente no final do ano e em aniversários. Esse prato, que nada mais é do que um pastel de carne polvilhado com açúcar, surgiu com influências de várias culturas diferentes, incluindo africanas, europeias e até mesmo asiáticas. Mesmo que não se saiba ao certo quando o pastel de festa foi criado, sabe-se que nasceu em Pernambuco e caiu no gosto do povo, inclusive de outros estados do Nordeste.

Origem

A receita que é conhecida hoje é uma adaptação da “pastilla” ou “bastilla”, um prato originário do norte da África, em especial do Marrocos, e que consiste em uma torta de massa filo com recheio de carne e açúcar por cima. Originalmente, o prato africano leva carne de pombo. Em Pernambuco, no entanto, os pastéis de festa são feitos com carne bovina, de porco ou de galinha. Magdalena Freyre, esposa do sociólogo Gilberto Freyre, por exemplo, utilizava a carne de porco na iguaria, que era servida no Natal.

Mudança na massa

Além da troca da carne, a massa também foi alterada até chegar no pastel de festa atual. A massa filo, usada na receita marroquina, é uma massa extremamente fina feita em camadas e muito utilizada na culinária árabe. Em Pernambuco, o pastel de festa é feito com massa comum de pastel e é frito em óleo. Esse modo de preparo tem origem incerta, mas uma das hipóteses vem da Europa. Na Idade Média, muitas receitas de massas recheadas eram levadas ao forno. Mas foi na Península Ibérica que surgiu a ideia de fritar o pastel.

Outra teoria leva a culinária asiática em consideração. Segundo essa versão da história, o pastel brasileiro é derivado do rolinho primavera chinês e do guioza, que surgiu na China e foi introduzido na culinária japonesa. Com a imigração de chineses e japoneses para o Brasil, principalmente durante a Segunda Guerra Mundial, o hábito de fritar pastéis tornou-se popular por todo o país.

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