O mapeamento mais recente da OMS acerca da depressão mostrou que o Brasil tem a população mais depressiva da América Latina, com cerca de 11 milhões de pessoas sofrendo com a doença, o que corresponde a 6% da população brasileira. Apesar de associada a sintomas como a incapacidade de seguir com a rotina, isolamento e choro constante, a depressão pode ser silenciosa, como é o caso da depressão funcional.
A depressão funcional, ou de alto funcionamento, é uma condição em que os sintomas da doença se manifestam de forma diferente do convencional. Indivíduos acometidos por esse quadro sentem angústia, cansaço constante, desânimo e tristeza, mas realizam as obrigações diárias normalmente. Muitas vezes, guardam os sentimentos ruins para si. Os principais fatores associados à depressão funcional são a autocrítica extrema, excesso de pressão externa e dependência química.
Dependência química
Uma das complicações da depressão é a suscetibilidade para o desenvolvimento de alguma dependência química. Em alguns momentos, algumas pessoas se sentem mais vulneráveis ou mesmo tristes, e o vício é uma busca de prazer em momentos como esse. Então o prazer, que inicialmente era uma coisa momentânea, passa a tomar uma grande parte da vida do paciente, inviabilizando a qualidade de vida e os hábitos cotidianos.
Tratamento
Muitas vezes, indivíduos acometidos pela condição não reconhecem que o que sentem não é saudável. Por isso, é essencial atentar-se para o surgimento de pensamentos negativos e desânimo constantes, pois são sintomas silenciosos de que não está tudo bem. A principal maneira de tratar a doença é com a psicoterapia, pois permite ao paciente modificar a sua forma de ver o mundo, as situações a sua volta e também a si mesmo.
Além disso, para casos mais graves, é aconselhável a consulta com um médico psiquiatra, para que haja um tratamento medicamentoso. Além disso, a adoção de hábitos saudáveis, como alimentação equilibrada e exercícios físicos também fazem parte do tratamento, assim como a socialização.