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Análise do Comportamento Aplicada é uma alternativa no tratamento do TEA

Essa ciência ajuda pessoas com Transtorno do Espectro Autista a se inserirem em atividades do dia a dia

às 15h10
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A Análise do Comportamento Aplicada, mais conhecida pela sigla ABA (do inglês, “Applied Behavior Analysis”), é uma corrente científica da Psicologia que tem ganhado muito destaque por ser amplamente utilizada no tratamento do Transtorno do Espectro Autista (TEA). A ABA se propõe a analisar o comportamento de pessoas que estejam no espectro, ou que tenham algum outro distúrbio, e tentar modificar algumas dessas condutas que sejam consideradas socialmente inadequadas.

Como exemplo, a ABA pode ensinar uma criança a voltar-se para uma pessoa que a tenha chamado. Alguns aspectos caracterizam uma intervenção terapêutica ABA, como a definição de quais comportamentos do paciente devem ser modificados, o registro dos resultados, estratégias de generalização dos comportamentos para outros ambientes, estímulos e pessoas.

Características do TEA

O chamado “autismo” é, na verdade, um espectro, devido aos diversos níveis e formas de se apresentar, que diferem de um caso para outro, mas que podem ser classificados em conjunto. De forma geral, alguns dos sinais são a dificuldade de comunicação (devido à deficiência no domínio da linguagem e na imaginação), desafios na socialização, padrão de comportamentos restritivos e repetitivos. Por isso, alguns pacientes que estão no espectro não conseguem olhar nos olhos das pessoas durante uma conversa ou têm dificuldades em compreender metáforas. Em alguns casos mais graves, o paciente é considerado não-verbal, ou seja, não fala ou não consegue expressar verbalmente sentimentos, pensamentos e desejos.

Tratamento individualizado

A Profª M.a. Giedra Marinho, docente do curso de de Psicologia do Centro Universitário Tiradentes (Unit-PE) — localizado na Imbiribeira, ao lado do Geraldão — explica que profissionais de saúde e também de educação podem se especializar em ABA. “Quando fazem essa especialização, eles viram analistas comportamentais. Esse analista faz avaliações de crianças com TEA, ou outros transtornos. E com o resultado, montamos os programas de tratamento”, explica.

A terapia utilizando a ciência ABA precisa ser individualizada, devido às diferentes necessidades de cada caso. A participação dos familiares e de um time multidisciplinar (contando com fonoaudiólogo e psicólogo, por exemplo), também são importantes para o sucesso do processo terapêutico. Isso porque a ABA deve ser aplicada também fora do ambiente clínico (na escola, em casa) para promover a generalização dos aprendizados.

Mudança de comportamento

Os benefícios que a ciência ABA traz para os pacientes são muitos, de acordo com a especialista. Ela destaca que a modificação de diversos hábitos, como comportamentos disfuncionais, disruptivos, agressivos, questões de sociabilidade e emocionais, pode mudar a vida dos pacientes. “Até aqueles que não conseguiam frequentar uma escola, um shopping, uma festa, porque tinham uma hipersensibilidade sensorial, ou aqueles que não conseguiam nem ir a um cabeleireiro, porque não tinham condições de suportar o toque. Agora eles conseguem se inserir nas atividades sociais, acadêmicas, profissionais, dentro do que podem suportar”, afirma Giedra.

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