Marciel Mascarello, ex-aluno do curso de Direito no Centro Universitário Tiradentes (Unit-PE) — localizado na Imbiribeira, ao lado do Geraldão — finalizou o seu mestrado na Itália. O projeto, de tema “Internet Ecosystem: governance e diritti” (Ambiente de Internet: governança e direito), está sendo realizado na Universidade de Pisa, uma das mais renomadas universidades italianas.
O egresso se formou em Direito pela Unit-PE em julho de 2023, e conta que tem um grande apreço pelo arcabouço teórico do curso, que o motivou a seguir com a carreira acadêmica. “Gosto da visão de mundo que o curso proporciona, principalmente quando damos atenção às matérias básicas. A base histórica e filosófica desta ciência ajuda a entender a realidade contemporânea da humanidade”, explica.
Oportunidade
Marciel conta que, por ser bisneto de imigrantes italianos e ter cidadania no país, sempre teve a vontade de visitá-lo.O advogado se mudou para a Itália para acompanhar a esposa, que também fez doutorado em Direito na mesma universidade. Esta foi a oportunidade perfeita para que pudesse aprimorar o aprendizado acadêmico na área de interesse.
Interesse
O interesse em tecnologia foi o ponto chave para a escola de tema de mestrado. Ainda na graduação, Marciel realizou o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) voltado para a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). “Desde a orientação do meu TCC, em que tive a honra de ser orientado pelo Prof. Dr. Sergio Torres, percebi que existe um campo aberto na interseção entre o Direito e a Tecnologia, e essa temática tornou-se meu principal dilema acadêmico”, explica.
“Na carreira acadêmica, quis continuar na trilha do direito digital, e o tema oferecido pela Universidade de Pisa encaixou perfeitamente em minha proposta. Por isso, concorri a uma das vagas deste mestrado e felizmente obtive aprovação para fazê-lo”, comenta. O objetivo da pesquisa de mestrado é compreender como as novas tecnologias, em especial as denominadas ‘disruptivas’, possuem o poder de modificar o ordenamento jurídico. “Busco entender os limites e desafios que nosso conceito atual de jurisdição podem impor a tecnologia que comumente chamamos de metaverso”, complementa.
Futuro
Atualmente, Marciel trabalha numa empresa de tecnologia na Itália, que possui em seu portfólio uma série de clientes governamentais e privados. Ele explica que não tem certeza se continuará na carreira acadêmica, pois precisaria se dedicar exclusivamente e cancelar outros planos, mas considera a possibilidade. “Acredito estar no lugar certo para estudar a fenomenologia da interpolação entre tecnologias e direitos. Tenho vontade de continuar os estudos e aprofundar mais no tema”, finaliza.