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Soft skills na enfermagem melhoram atendimento ao paciente

As habilidades comportamentais também criam um melhor ambiente de trabalho

às 15h49
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Diversas habilidades são valorizadas no mercado de trabalho, podendo ser divididas em dois tipos: as “hard skills” (“habilidades duras”, em inglês) e as “soft skills” (“habilidades suaves”). As primeiras dizem respeito aos conhecimentos técnicos, adquiridos na graduação, nos estudos ou em cursos. Já as soft skills se referem às habilidades comportamentais e interpessoais, como proatividade e empatia. Andréa Rosane, coordenadora do curso de Enfermagem do Centro Universitário Tiradentes (Unit-PE) — localizado na Imbiribeira, ao lado do Geraldão — defende que os dois tipos de habilidades se completam, mas destaca a importância das soft skills. “Habilidades interpessoais ajudam a melhorar a comunicação com pacientes e colegas, a resolver conflitos, a liderar equipes e a tomar decisões éticas”, afirma.

Principais habilidades

Uma das principais soft skills que um profissional de Enfermagem precisa ter é a empatia. É de grande importância que os enfermeiros, assim como outros profissionais de saúde, saibam se colocar no lugar de seus pacientes. Em geral, os enfermeiros são os primeiros a atender os pacientes e, por isso, é importante que eles se sintam acolhidos ao chegar ao centro de saúde. “É essencial para compreender as necessidades e preocupações dos pacientes, proporcionando um cuidado mais humanizado”, acrescenta Andréa. A empatia também é importante na relação com os colegas, visto que os profissionais também passam por situações difíceis e precisam de apoio para desempenhar bem as suas funções.

Comunicação eficaz e trabalho em equipe são outras habilidades apontadas pela professora e que precisam andar lado a lado. “A enfermagem é uma profissão colaborativa, e trabalhar bem em equipe melhora o atendimento ao paciente”, pontua Andréa. Por esse motivo, uma boa comunicação entre os membros da mesma equipe é essencial. Em diversos momentos, é preciso que os profissionais sejam claros entre si acerca das necessidades de cada paciente, assim como também precisam saber explicar corretamente aos doentes aquilo que será feito para o tratamento do problema. A liderança também pode vir a calhar nessas situações, para que as funções de cada membro da equipe sejam bem coordenadas.

Andréa também diz que o profissional de enfermagem precisa saber se adaptar a diversas situações que possam surgir. Isso diz respeito, segundo ela, tanto a desafios inesperados quanto à própria gestão do tempo, que é útil para organizar todas as atividades e saber priorizar algumas delas “em um ambiente frequentemente agitado e imprevisível”.

Soft skills na emergência

A profissão de enfermeiro tem momentos de bastante tensão, em que as soft skills são muito bem-vindas, de acordo com Andréa. “Em situações de alta pressão, como em emergências, as soft skills podem fazer a diferença na eficácia do atendimento e na satisfação do paciente”. Por isso, a professora cita algumas habilidades que são ainda mais valorizadas em momentos como esses. Dentre elas, estão a resiliência e a calma. “É preciso desenvolver a capacidade de lidar com situações estressantes e emocionalmente desafiadoras, sem comprometer o cuidado ao paciente”, acrescenta.

Além disso, é crucial a resolução de problemas e a tomada rápida de decisões. Andréa define essas duas habilidades como “a capacidade de avaliar rapidamente a situação, identificar problemas e tomar decisões rápidas e eficazes sob pressão, especialmente em situações de emergência”. Nesses momentos, a calma também vem a calhar, pois medidas precisam ser tomadas de maneira eficaz e sem demora, para evitar que o problema, como um acidente grave, fique ainda mais complicado.

Como desenvolver essas habilidades

Uma das formas de desenvolver as soft skills, segundo Andréa, é através do autoconhecimento. “É preciso refletir sobre suas próprias práticas e atitudes para identificar pontos fortes e áreas a serem melhoradas”, avalia. Identificado os pontos fracos, o profissional pode participar de workshops e treinamentos específicos para habilidades interpessoais, além de aceitar feedbacks constantes de colegas e pacientes, a fim de colocar em prática aquilo que se aprende. A especialista também reconhece que é muito importante “aprender e aplicar técnicas de gerenciamento do estresse, como mindfulness e exercícios de respiração, para melhorar a resiliência”.

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