Ter um currículo completo, atualizado e atrativo é fundamental para se destacar no mercado de trabalho, seja para estagiários, profissionais no início de suas carreiras ou até mesmo veteranos. É importante conhecer bem as demandas do mercado e, principalmente, da vaga a que se está concorrendo, além de se manter antenado nas tendências. Tudo isso para desenvolver algumas habilidades ou aprimorar outras, que devem ser colocadas no currículo para sair na frente em uma seleção de emprego.
Dentre as habilidades mais apreciadas pelas empresas está a proatividade, pois empresas veem com bons olhos funcionários que se mostram antecipados em relação a atividades da empresa e também na resolução de problemas. Outras habilidades que chamam a atenção de empresas são: liderança, adaptabilidade, gestão de tempo, inteligência emocional, criatividade e pensamento crítico. Por fim, Alessandra Ribeiro, coordenadora de RH do Centro Universitário Tiradentes (Unit-PE), pontua a importância de deixar seus objetivos claros no currículo. “Destaque bem suas conquistas e resultados e enfatize sua capacidade de se adaptar, evidenciando como suas habilidades foram aplicadas em ambientes formais e informais”, acrescenta.
Um outro ponto que merece atenção é a diferença entre “hard skills” e “soft skills”. As “hard skills” (“habilidades duras”, em tradução livre) dizem respeito às competências técnicas. Ou seja, aqueles conhecimentos que podem ser aprendidos em cursos ou estudos e que têm relação direta com a função a ser exercida. Por exemplo, é fundamental que um profissional da área de tecnologia tenha conhecimentos relacionados à criação de softwares e a linguagens de programação.
Já as “soft skills” (“habilidades macias” ou “suaves”, em inglês) são as chamadas habilidades interpessoais e comportamentais. Alguns exemplos são proatividade, empatia, trabalho em equipe, comunicação e tomada de decisão. Essas são mais difíceis de serem aprendidas, pois dependem diretamente da personalidade de cada um. De acordo com Alessandra Ribeiro, no entanto, desenvolver suas soft skills pode impulsionar a trajetória profissional. Para isso, ela destaca a importância de fazer uma autoavaliação e também pedir feedbacks para colegas, a fim de perceber quais habilidades precisam ser aprimoradas.
É de grande importância, portanto, a presença das “hard skills” no currículo, pois é necessário mostrar a capacidade de realizar as funções exigidas para a vaga. Nesse sentido, mostrar qual a formação acadêmica, experiências profissionais anteriores e possíveis cursos realizados é de grande valia. Para se destacar, também ajuda bastante descrever outras habilidades que possam ser úteis para o cargo, como conhecimentos de programas específicos.
As “soft skills” também são bastante valorizadas, uma vez que elas impactam de maneira direta na produtividade do funcionário e da equipe. Dentre as habilidades mais estimadas, estão a comunicação e o trabalho em grupo. Essas duas precisam andar lado a lado, já que se comunicar é imprescindível para que um trabalho conjunto seja executado da melhor forma possível, o que influencia a produtividade. Segundo Alessandra, mesmo com as diferenças entre as hard skills e soft skills, não é possível afirmar que uma seja mais valorizada do que a outra. “Isso pode variar dependendo do contexto, da empresa e do cargo específico. É recomendável que os profissionais desenvolvam uma combinação equilibrada de ambas as habilidades”, complementa.